sábado, 16 de maio de 2009

Café, estimulante ou degradante?

Deformações no feto, infertilidade, problemas cardíacos, fibrose cística do peito e úlceras são alguns dos problemas relacionados ao consumo de cafeína em quantidades elevadas e por elevados períodos de tempo. Mas seria possível, com o estresse do dia a dia atual, passar um dia sem o café que mantêm os ânimos despertos?

O café é uma planta nativa da Etiópia, país do leste da África. Os primeiros indícios do consumo dessa planta deu-se com pastores de cabras do séculos XV, que ao ver seus animais comerem a fruta do café tornavam-se mais espertos e resistentes. Assim, esses pastores não hesitaram em provar a “fruta energética”. Logo, esse costume se espalhou para os vizinhos árabes, do Oriente Médio, que ao invés de comerem a fruta faziam infusão, e, portanto, determinaram o consumo do café como bebida, o qual se espalhou por todos os continentes e tornou-se muito popular.
O consumo da café tornou-se indispensável no modo de vida atual, pois devido as exigências do trabalho e estudos muitas pessoas utilizam desse estimulante para resistir as pressões corriqueiras. Para o estudante de jornalismo João Marcelo, 20 anos, o café é necessário para manter-se disposto a realizar os trabalhos e compromissos que a vida universitária exige. Para ele os efeitos causados são a disposição e o aumento da concentração, facilitando os estudos, e a falta do consumo lhe causa mal-estar, portanto considera-se um dependente da cafeína. Porém o que João Marcelo não sabe é que o fato de ser fumante diminui a duração dos efeitos da mesma, porque a degradação completa da cafeína no organismo dura de 5 – 7 horas em indivíduos adultos e não fumantes e em indivíduos fumantes este tempo é reduzido por cerca da metade, aproximadamente 3 horas, fazendo com que fumantes tenham que beber mais café para terem o efeito por mais tempo.
A disposição que o estudante afirma ter se deve ao fato de que a cafeína ativa a liberação de dois aminoácidos excitatórios – glutamato e aspartato – que desempenham um papel fundamental como principais neurotransmissores estimuladores do cérebro. Estes aumentam a performance dos indivíduos em tarefas manuais tais como conduzir, contudo podem diminuir a performance em tarefas que envolvam coordenação muscular complexa.
Assim nota-se que o consumo do café pode gerar efeitos benéficos, quando ingerido com parcimônia, ou maléficos, quando chega-se à dependência. Basta saber a quantidade e o momento certo de ingeri-lo.

Bruna Molena e Louis Barp

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